OS NOSSOS PRINCÍPIOS DE AÇÃO

 

1. Uma missão comum que deve ser transmitida numa rede e ser apropriada

O nosso primeiro princípio de ação é transmitir uma missão comum: recolher 400 testemunhos íntimos de migrantes entre a Finisterra bretã e Gibraltar. Tal pressupõe a criação de uma rede de 8 cidades e 8 parceiros operacionais em torno desta missão com vista a assegurar a retransmissão da mesma às equipas locais encarregues pela recolha. As equipas locais irão apoiar-se nas metodologias de recolha transmitidas, irão apropriar-se destas e adaptá-las ao contexto local e às suas necessidades.

 

2. Cada testemunho baseia-se num encontro e numa relação privilegiada com o migrante

O nosso segundo princípio de ação é que cada testemunho recolhido seja baseado num encontro autêntico com um migrante. Este encontro pressupõe a construção de uma relação privilegiada entre o “facilitador” e o migrante. O desafio de cada encontro é “desvendar as pepitas de ouro” das cartas privadas. É a qualidade do encontro e da relação tecida com o migrante que garante o valor do testemunho recolhido.

3. Um encontro para dar vida à Enciclopédia

O nosso terceiro princípio de ação é dar vida à Enciclopédia assim que ela for produzida mas também após o final do projeto, solicitando um verdadeiro empenho da parte de cada cidade e de cada parceiro operacional. Assim que a Enciclopédia for produzida, a cidade (proprietária de um exemplar da mesma) e o parceiro operacional comprometem-se a organizar uma ação de difusão local com vista a tornar público e permitir a apropriação deste património junto da sociedade civil. A prazo, a cidade será detentora da obra e o parceiro operacional será a referência para os projetos realizados a posteriori sobre a Enciclopédia. O desafio é mobilizar o valor da Enciclopédia de forma perene, suscitando projetos em torno da obra à escala local a médio prazo.